segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sexualidade: Mitos e Verdades


Entre quatro paredes, vale tudo, certo? Nem sempre. Muitas vezes, tabus e dúvidas sobre o ato sexual tornam mais tensos os momentos de intimidade. Se masturbação faz mal, se penetração é obrigatória, quando a fantasia sexual é permitida, se é comum falhar – essas são algumas das questões que fazem parte da extensa lista de mitos e verdades sobre o sexo. A desinformação pode prejudicar a qualidade da relação.

Segundo a ginecologista e obstetra Cláudia Navarro, o principal tabu sexual dos homens diz respeito ao seu próprio desempenho. Já no caso das mulheres, a especialista diz que se refere à satisfação do parceiro e à segurança. "Homens têm como medo maior não conseguir manter a ereção e completar o ato. Já as mulheres possuem dúvidas sobre a capacidade de dar prazer ao homem, gravidez e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)", reforça a médica.

Todavia, as diferenças entre homens e mulheres não param por aí. Os ritmos para se chegar à excitação sexual também são distintos. Nasce, desse fato, um dos principais mitos relacionados ao sexo: afinal, homens realmente atingem o orgasmo mais rápido que as mulheres ? De acordo com a Dra. Cláudia, pode-se dizer que sim. "O ciclo de resposta sexual do homem é diferente do da mulher, que é mais lento e faz com que ela demore um pouco mais para se excitar e chegar às diferentes etapas do ato", esclarece a ginecologista.

"A excitação da mulher é mais subjetiva, está relacionada a sentidos como olfato, audição. Já a do homem está mais ligada à visão", continua a médica. É por isso, inclusive, que as mulheres gostam tanto das preliminares, outro mito muito difundido. "Elas têm um ciclo mais lento tanto para desencadear a excitação, quanto no tempo de duração", pontua a Dra. Cláudia.

A mulher, no entanto, apresenta variações na sexualidade de forma mais marcante que o homem, em função dos diversos estágios hormonais por que passa durante a vida. há as etapas do ciclo menstrual, as transformações da adolescência, da gravidez e da menopausa, sobretudo no que diz respeito às respostas do corpo à fase reprodutora.

"A vida da mulher é mais cíclica e tem mais variações hormonais. Nos homens, a sexualidade não sofre muitas mudanças. Não importa se é dia 10, 20 ou 30 do mês. A sexualidade é praticamente a mesma. O que muda é o desempenho", explica a ginecologista.

Masturbação e Fantasias

Outra coisa que pode mudar com a idade é como se encara a masturbação. A ginecologista afirma: "É importante ter cuidado com a higiene e a saúde". No mais, a masturbação não faz mal nenhum.

Masturbação, aliás, pode ser a prática adotada na resposta a um outro tabu: é obrigatória a penetração durante o sexo? Não, desde que haja consenso entre o casal e que os dois consigam ter prazer na relação. "Se há um caso de disfunção sexual e o homem não consegue ter ereção, pode-se ter plena satisfação sem ter penetração", avisa a Dra. Cláudia.

O que também costuma ajudar é a fantasia sexual, Dependendo de como se usa a imaginação, ela pode ser um estimulante. Só não se pode deixar que a fantasia – pensar em alguém famoso, imaginar-se em outra situação – desvie totalmente a atenção da relação em que a pessoa está. É importante não se desfazer o laço a ponto de o parceiro do momento deixar de fazer parte da união.

Quando se está sozinha, no entanto, é diferente. O ato de fantasiar ganha nova dimensão, pode ser mais livre, desde que os limites da realidade sejam conhecidos. "Desde que não vire obsessão ou neurose, fantasiar não é errado. A mulher precisa voltar para a vida real depois. O mundo real existe", alerta a médica.

Segurança e Prazer

"Não se pode falar em sexo sem falar em segurança. Já que um dos grandes mitos da sexualidade da mulher é o medo de engravidar, além da pílula – que revolucionou a vida sexual –, tem de haver o preservativo, mesmo que os homens argumentem que é como comer bala com papel", alerta a ginecologista.

E, por último, vem o orgasmo.

Se o casal consegue chegar junto ao orgasmo é sempre bom. Mas isso não é imprescindível, nem deve influenciar na relação. O importante é não perder a atenção com o parceiro que ainda não chegou lá. “A ordem cronológica e a maneira como vão atingir o orgasmo, desde que sejam satisfatórias e os dois estejam de acordo, tanto faz”, conclui a Dra. Cláudia.

1 comentários:

Anônimo disse...

Oi Dra. Achei bem interessante esta matéria, mas ainda tenho algumas duvidas, você poderia por favor mandar o seu email para conversarmos em particular? Obrigada Gisely

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