Menopausa e Climatério, O grande Dilema

O climatério representa a transição da mulher de meia idade para a velhice. É o período em que os ovários começam a deixar de produzir a quantidade adequada de hormônios (estrogênio e progesterona) e que ocorre por volta dos 45 a 50 anos de idade.
O primeiro indício desta fase que acarreta modificações profundas na vida da mulher é a irregularidade menstrual, isto é, os ciclos menstruais começam a atrasar ou adiantar, culminando com a cessação completa da menstruação. Para os profissionais da saúde, a última menstruação é denominada MENOPAUSA apesar de muitas pessoas acharem que menopausa é todo este período de mudanças (que nós chamamos de climatério).
Essas mudanças a que me refiro assumem contornos quase dramáticos por volta da meia idade. Os ovários, essas glândulas maravilhosas capazes de efetuar o milagre do desabrochar da feminilidade, são os únicos órgãos que nascem com um prazo de validade estreitamente definido. E, algum momento da vida da mulher eles pedem a conta, arrumam as malas e vão embora.
A fase que os ovários começam a planejar suas férias é chamada de climatério ou pré – menopausa. Nesta fase, a produção de hormônios femininos se torna erradica e pode mudar abruptamente de um mês para outro, ou até mesmo de uma semana para outra, ou da noite para o dia. A montanha russa hormonal se manifesta na forma de ciclos menstruais irregulares e sintomas que são uma amostra grátis da grande mudança que esta por vir. O climatério pode durar de 2 a 5 anos quando finalmente a menstruação desaparece por mais de 12 meses consecutivos tem-se o período chamado menopausa.
As manifestações do climatério e da menopausa variam bastante. Neste período a mulher sofre muitas alterações na esfera física e psicoemocionais. É muito comum que surjam sintomas muito incômodos como fortes ondas de calor (fogachos) gerando quadros de insônia, irritabilidade, humor instável, alterações da memória, depressão e angustia. A falência dos ovários também pode resultar em episódios de vertigens, dormências, palpitações, fadiga, estresse e baixo desejo sexual. Pode-se observar também atrofia vaginal (com calor durante a relação sexual e aumento do risco para infecções vaginais e urinarias) relaxamento da musculatura pélvica (com incontinência Urinária, queda do útero e intestino preso) Dores de cabeça, mudanças na pele e no cabelo. A pele fica mais propensa à formação de rugas, crescimento de pêlos na face e diminuição do cabelo. Os ossos se tornam mais quebradiços, aumentando o risco de osteoporose. O perigo de ter um ataque cardíaco aumenta quando os níveis de estrógeno caem.
Todos estes efeitos citados, se bem acompanhados, não causarão mal a sua saúde.
A fisioterapia pode ajudar a mulher a passar por esta fase de maneira mais saudável, atuado tanto em prevenção quanto no tratamento. Ela também pode atuar no tratamento da Incontinência Urinária e disfunções sexuais. Muitas mulheres acreditam ser comum a perda de urina com o avançar da idade, e não vêem mais o seu corpo como forma de prazer em sua vida sexual. Isso é um grande engano. Perder urina não é normal, e existem diversos tipos de tratamento. A atividade sexual pode acompanhar a mulher por toda a sua vida, se há presença de dor ou incomodo durante o ato sexual, este também pode ser tratado. A fisioterapia na fase do climatério é uma fonte de promove saúde, mas principalmente qualidade de vida.
Quem se ama se cuida! Consulte o seu médico sobre este assunto e procure um fisioterapeuta. Lembre-se: Nos dias atuais a mulher de meia idade está em uma fase de franca produção tendo muito a oferecer ao mundo que a cerca e em condições de usufruir muitos prazeres da vida. Por estas razões não devemos deixar que as seqüelas do climatério impeçam a mulher moderna de viver a plenitude de sua maturidade.